LUÍS TURIBA
Pernambucano, carioca, brasiliense, planetário. Rubro-negro e mangueirense. Filho de Ogum no candomblé. Pai de cinco filhos, vovô de cinco netos. Jornalista e poeta. Aposentou-se em 2012 para se dedicar à Literatura e à Poesia.
O brasileiro Luiz Artur Toribio, conhecido no universo poético como Luís Turiba, inventou e editou a partir de 1985, em Brasília, o primeiro número da revista de invenção poética Bric-a-Brac. Ao longo dos anos 80 e 90, editou seis edições da Bric-a-Brac com poemas textuais e gráficos, ensaios fotográficos e entrevistas que se fizeram históricas com Augusto de Campos, o bibliófilo e acadêmico José Mindlin, o cantor e compositor Paulinho da Viola, o poeta pantaneiro Manoel de Barros – entrevista feita com trocas de cartas ao longo de seis meses e resultou em 15 páginas na revista-, além da psiquiatra Nilse da Silveira, do babalorixá franco-baiano Pierre Verger, e uma visita-entrevista a Caetano Veloso. A Bric a Brac era editada coletivamente por Luis Turiba, João Borges, Lúcia Leão e o extraordinário designer Luis Eduardo Resende, o Resa, com seu traço inconfundível.
A última Bric foi editada em Belo Horizonte em 2022, uma celebração ao centenário da Semana de Arte de 22, com um artigo histórico de Augusto de Campos sobre as relações do grupo Noigandres com os modernistas Mário e Oswald de Andrade.
Luis Turiba é poeta e jornalista, cronista da vida do brasileiro comum, pernambucano do Recife, “cidade pequena, porém descente”, terra de Manuel Bandeira, João Cabral de Mello Neto, Capiba, Luiz Gonzaga e Chico Science.
Aos 23 anos, iniciou sua carreira de Repórter no jornal O Globo e depois na editora Bloch/Manchete, no Rio de Janeiro.
A convite, se mudou para Brasília três anos depois, onde foi trabalhar na sucursal do jornal Gazeta Mercantil, onde teve a oportunidade de cobrir e conhecer obras e projetos do chamado “Brasil Grande”, como a Transamazônica e o garimpo de Serra Pelada, de 1978/80.
Cobriu de cabo a rabo toda a campanha do então senador Tancredo Neves, candidato da Oposição contra o governista Paulo Maluf. Tancredo ganhou com folga no Colégio Eleitoral, mas adoeceu e não pode tomar posse.
Após a eleição de Tancredo Neves/José Sarney, em 1985, foi convidado para fazer parte da Assessoria de Imprensa no novo Ministério da Cultura criado naquela ocasião, sob o comando do deputado mineiro José Aparecido de Oliveira, onde trabalhou com o economista Celso Furtado e o dicionarista Antônio Houaiss.
Antes de assumir, Tancredo fez um tour pelos principais países da Europa, América do Norte e América Latina. Turiba cobriu todas as viagens do novo presidente. Na Argentina, entrevistou o escritor e poeta Jorge Luís Borges, candidato ao Prêmio Nobel da Literatura.
Em Brasília, como repórter, ganhou alguns prêmios, entre os quais destacam-se dois Prêmios Esso: um no Jornal de Brasília, contando detalhes de um encontro do seu estagiário Renato Manfredini – Jornal da Feira do Ministério da Agricultura – o Renato Russo da banda Legião Urbana, com o então todo-poderoso ministro da Agricultura Delfim Neto. O outro Esso foi no Correio Braziliense, com uma cobertura coletiva sobre as áreas públicas brasilienses que estavam sendo legalizadas para a construção de condomínios residenciais.
Com a eleição de Lula da Silva para presidente, o poeta foi convidado para ser Assessor de Comunicação do MinC na gestão de Gilberto Gil, entre 2002 e 2005. Editou um pequeno livro sobre a política “Do-In Antropológico”, com os principais discursos do ministro, ajudou na construção dos Pontos de Cultura e nos discursos programático do MinC. Em 2003, produziu os documentários “Gil na ONU” e “A Capoeira no Mundo”, com um programa mundial para a Capoeira.
Paralelamente à sua carreira de repórter/jornalista, publicou livros de poesia no Rio e em Brasília. Estreou com “Kiprokó”, em 1977, e depois o destaque ficou por conta do premiado “Cadê”, que venceu o Prêmio Candango de Literatura, em 1998.
Depois de viver 30 anos em Brasília, voltou a morar no Rio de Janeiro em 2010, quando se aposentou do jornalismo. Publicou três livros de poesias pela editora carioca 7 Letras: “Quetais”, em 2014; “Poeira Cósmica”, em 2020, e o “Desacontecimentos”, em 2022.
Está atualmente mergulhado num grande projeto literário. Desde 2023, pesquisa e escreve um romance jornalístico-poético com suas experiências pelo mundo político, com histórias vividas no histórico ano de 1968. Título do livro que será editado em 2025: “VIVA ZÉ PEREIRA: Aventuras e Desventuras de uma geração”.
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